19 março 2020
Secção Almada - Semana #1
Eu gostava de usar a máscara, mas com ela não consigo respirar
O Estado de Emergência é declarado e a questão que fica é? Posso trabalhar? Devo trabalhar? A resposta está prestes a chegar e tudo indica que profissionais da minha área ficarão equiparadas aos profissionais de saúde e outras emergências. Sinto-me bem em ser uma pessoa de emergência. Mas tenho medo que me possam escalar para limpar ambulâncias ou algo do género. Pode sempre acontecer.
Em Almada tudo continua igual. Hoje tive de tomar café na máquina do Pica&Pica porque o Minipreço tinha fila. É o único café aberto nesta rua inteira. Observamos atentamente a janela para ver quando o Minipreço é reabastecido. Ontem não havia pizzas e tive de encomendar uma. O senhor motoboy vinha sem máscara e sem luvas.
Não há carne e não há areia de gato. As pessoas obedecem à distância de segurança, cumprimentam-se com o cotovelo. Tossem para aquele espaço entre o braço e o antebraço, a que eu chamo de "avesso do cotovelo". Vamos passar a ser uma civilização de cotovelos e isso agrada-me, de certa forma.
Terminei uma season aleatória de Haikyuu, em que demoraram dez episódios para mostrar um jogo de volley. Agora estou a ver Fate Kaleid Liner Prima Illya. Quem diria que Fate com meninas mágicas seria giro.
Continuo a ler o Manual Técnico dos Produtos Alimentares. Estou a aprender a fazer enlatados, o que é uma vantagem nos momentos que decorrem. Estou a lê-lo devagar porque as idas à esplanada estão condicionadas. Ainda assim, milhões de velhotes jogam domino no Central.
Tenho estado a editar textos. Depois das minhas sestas é altamente relaxante.
Consegui falar com o meu pai. Está vivo, apenas ficou sem bateria no telefone durante quatro dias.
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