18 março 2020

Secção Alameda/Areeiro - Semana #1


Gosto de estar em casa
Continuo a atrofiar com as redes sociais, mas já consegui começar a evitar ler os comentários. Demasiado pessimismo e negativismo.

Falei com muitos dos amigos distantes, em Macau, Itália, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Austrália, estão todos bem, dentro do possível. Ainda falei pouquinho com os japoneses.

Telefonemas diários com os pais, ambos já perceberam que têm de ficar em casa. O meu irmão ligou-me!

A TAP continua a não responder, voo de ida cancelado. Reclamação aos CTT porque o carteiro não sabe tocar à campaínha. Os meus sapatos já chegaram (são mesmo giros!) e as pecinhas para a fita de viés também, mas o carteiro voltou a não tocar à campaínha e tenho de ir buscá-las na semana #2.


Acabei o camisolão de marujo, terminei de ver Legion, terminei de ver Doctor Who. Já tenho o The Andromeda Strain para ver. Começa o Programa do Rua, quase diário, às 21h no Facebook do Vítor Rua. Imensos artistas, músicos, museus partilham gratuitamente a arte online. Protejam os Artistas!



Primeira mudança cá em casa: finalmente mudei a box da TV para cima do armário, a TV antiga (cinescópio) não dava, mas a LCD dá, e finalmente posso fechar a porta do armário, agora é mais fácil ligar o PC para ver coisas em ecrã maior e tenho mais espaço para DVDs.

As calças do pijama (o dos esquilos - "nuts about you") ficaram punks no rabo, não vão sobreviver ao ao Pó Calypso.

No Areeiro Chunga, tudo na rua e no café a laurear a pevide. Na Alameda, uns 5 ou 6 piqueniques de gente nova, mais a malta da sueca. Quarentena ≠ Férias! Minipreço sem fruta nem legumes, mas havia aroz e feijão preto. Objectivo: chili con carne, bem picante! Tive de ameaçar com o Covid uma velhinha, daquelas que se plantam a 10cm do terminal do multibanco quando uma pessoa está a pagar. Afastou-se ofendida: "ai, eu é que não tenho o vírus!". O Areeiro Chique mais disciplinado, muito pouca coisa aberta, uma boutique na Guerra Junqueiro, a Mexicana e o McDonalds, a Barata. Chinês do Londres fechado. Filas curtas para os CTT e farmácias. Continente com fila, mas não demorou muito. Faltas: farinha, iogurtes, pão de jeito e carne. Entreguei comidinha à mãe pela janela, dois dedos de conversa.

Andam a clamar o Estado de Emergência, espero que não seja declarado.

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