Andei de metro, fui à Baixa
A Secção Almada veio ter à Secção Alameda/Areeiro e ambas fomos a pé até à secção da Baixa. Descemos a Almirante Reis, coisa que gosto de fazer regularmente, mas não notei grande diferença do antes e depois do bixo, fora pessoas de máscara e gel extra nas lojas. A propósito de máscara, nos Anjos, perto da igreja, é costume andarem sem-abrigo, hoje não foi diferente, mas é mais um problema desta sociedade que veio à tona com a pandemia,. No mínimo as instituições que os ajudam deviam reforçar a distribuição de máscaras, quase nenhum as tinha limpas e andar de máscara ou não, nessas circunstâncias, dá no mesmo. Claro que há muito mais a fazer, mas isto parece-me básico.
TOP MÁSCARA DA SEMANA~ queremos distribuição de máscaras regular para os sem-abrigo! ~
Na Baixa já senti diferenças. Quando cruzámos aquele limiar entre o Martim Moniz e a Praça da Figueira, parecia estar de volta aos anos 90, bastante menos pessoas na rua, só reparei num TukTuk, e 4 ou 5 turistas. Encontrei uma conhecida na Rua Augusta e reconheci-a pelos óculos escuros giros que arranjou recentemente e mostrou nas redes sociais. Se a Rua Augusta não tivesse esplanadas e ainda existissem algumas das lojas antigas, como a Casa Africana, a Casa Batalha ou a loja das revistas de crochet, acharia que realmente estava nos anos 90.
Estava calor e as minhas pernas já não estão habituadas a mexerem-se tanto. A Feira dos Tecidos tinha muito mais algodões que o costume. Deve ser por causa das máscaras.
Bebemos um belíssimo suminho de abacaxi com gengibre e hortelã, que soube maravilhosamente bem. Pusémos a conversa em dia e separámo-nos no Cais do Sodré.
Apesar de já serem umas 6 da tarde, o metro, felizmente não estava muito cheio. Andei numa carruagem com assentos de cortiça (muito mais higiénicos que os de alcatifa) e as pessoas mantiveram a distância social.
O Projecto Top Secret ainda está de pé e entreguei o IRS, como de costume, no último dia, mas também já está tudo despachado. Como pingou um trabalhinho, tenho estado ocupada. Devo terminá-lo amanhã. Publiquei as fotos do Blythe Runway Challenge (2ª edição) de Junho, cujo tema era Blythe Air, por estarmos todos impedidos de viajar. Como um traje completo de hospedeira (eu sei que agora se chama assistente de bordo, mas optei por um estilo retro) estava na minha lista de coisas a fazer há tempo, alarguei-me e fiz uma série de coisas: um vestido, chapéu, capa, luvas, saco, mala, lenço e brincos. Estou mortinha por saber qual será o tema de Julho!
Aqui na Secção Alameda/Areeiro, a vida continua como de costume, almoço em casa da mamã. Na loja das bebidas ainda é Natal, com direito a árvore cintilante e tudo. Tempos estranhos estes...
Na TV começou a dar a série Good Girls Revolt, que me chamou a atenção pelo guarda roupa do fim dos anos 60, início dos 70 e por incluir entre as personagens, Nora Ephron, que ficou conhecida como argumentista nos anos 80 e 90, de comédias românticas como When Harry Met Sally ou Sleepless in Seattle. A série é sobre a redacção de uma revista e a disparidade entre homens e mulheres. Não desgostei. Também vi uns filmes, How I Live Now, com Saoirse Ronan, cujo cartaz me lembro de ver nos autocarros em Edimburgo, em 2013, que se revelou muito mais interessante (e apocalíptico) do que os cartazes e o título fazem acreditar.
Sem comentários:
Enviar um comentário