09 agosto 2020

Secção Alameda/Areeiro - Semana #21

Casa, autocarro e estudar
Ao contrário da semana passada, esta foi de muitas primeiras coisas em poucos dias. Fui ver a casa para onde alguém próximo se vai mudar, e gostei muito. Depois fui tratar do passe, este mês volto a trabalhar fora de casa, portanto faz falta, e apesar de pequenos obstáculos burocráticos, o atendimento no Arco do Cego foi 5 estrelas e consegui resolver tudo na hora, com simpatia incluída. Aproveitei para fazer as compras na área, no Continente do Arco do Cego também há pão alentejano. No da Avenida de Roma é que pelos vistos foi banido ;_; Também entrei pela primeira vez num centro comercial, concretamente no Saldanha Residence, à procura da nova loja Flying Tiger, já que o Monumental continua esventrado. Só abria no dia seguinte. Fui para casa. Ao chegar, tive a boa notícia: vou voltar a estudar! Era esse o projecto top secret. Agora tenho de arranjar uma bolsa de estudo o mais depressa possível!
Voltei para casa de autocarro, já não entrava num há 21 semanas...

Porque é que, havendo uma ciclovia bestial, à sombra, separada do passeio e da estrada, em toda a rotunda do Saldanha, passaram, no espaço de 30 minutos, mais de dois ciclistas por mim no passeio? E não, não levavam a bicicleta na mão... Sou 100% a favor das ciclovias, sobretudo porque este é um país onde andar de bicicleta entre os carros é o equivalente a andar com o coração nas mãos, mas que aproveitem as ciclovias quando as há, principalmente quando são das boas! Parece que uma colher de civismo ao pequeno-almoço faz mais falta que as ciclovias. Para todos: automobilistas, ciclistas e peões.

A viagem de autocarro foi tranquila, àquela hora, naquele autocarro, à partida deveria ser. Mas fui testemunha da grande falta de civismo de parte da população. Sentei-me naqueles lugares perto da porta e, pouco antes da minha paragem, reparei num grupinho de grunhos do futebol (2 homens e uma mulher) a conviver. Nos homens nada demais, um tinha uma máscara do Benfica, bem colocada, o outro tinha a máscara meio à banda, a fugir do nariz, mas a mulher, sempre que queria reforçar alguma coisa que dizia, repetia puxando a máscara para baixo. Fez isso várias vezes. Estive quase a dizer alguma coisa, mas a sensatez e o alarme anti-grunhos soaram e dediquei-me a sair do autocarro e dirgir-me a casa.

Foi um dia confuso, um misto de alegria, a tratar das burocracias do ensino superior, e a tristeza que é a perda da actriz e encenadora Fernanda Lapa. Cruzei-me com ela em três tempos da minha vida e sempre gostei dela. O primeiro foi em criança, numa instituição que a minha mãe partilhou com ela e que mais tarde frequentei. O segundo foi em trabalho e vi nela uma pessoa muito disponível e generosa. O terceiro foi recentemente, como espectadora, a última peça de teatro que vi antes da pandemia foi encenada por ela. O mundo ficou mais pobre, já sobram muito poucos assim.

PS - Sábado, depois de almoço, o meu PC mais novo morreu. Todo o mateiral importante está a salvo no disco externo, mas o PC antigo é isso mesmo, antigo, e já não tem capacidade para muito. Mais uma despesa a acrescentar quando as vacas engordarem um bocadinho:

1. mandar arranjar a máquina de costura;
2. comprar um PC novo, e desta vez decente.

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